Arlequín apoyado, Pablo Picasso
Hoje eu encontrei
andando pelas ruas
aquele poeta-palhaço errante
da cara pintada de pó-de-arroz.
Declamou sua meia-dúzia de poemas
e passou nas mãos do público,
as minhas, as tuas,
sua boina-cofre xadrez e decepcionado se foi.
Ou seria um chapéu-coco cinza,
confesso que não me recordo
ao que recente gritei:
Ei, artista! que vestes no teu cocoruto?
Respondeu-me nada trazer a cobrir a cabeça,
trazia-a nua a fazer nascer poesia em quem a olhasse.
Tu faz o poema 1º e escolhe a pintura/tela que se assemelha depois, ou escolhe a pintura/tela e se inspira para parir o poema?
ResponderExcluirOu os dois?
É encantador o encaixe.
se não pode revelar, eu respeito a descontinuidade do artista.
Que o teu cocoruto esteja sempre a nascer poesia assim como aquele poeta-palhaço errante
da cara pintada de pó-de-arroz.
Eu estarei sempre olhando /o cocoruto/
.
caro anônimo,
Excluirfaço primeiro o poema, depois procuro uma pintura que encaixe ou finalize o sentido. acho que raras vezes fiz o processo inverso...
Gostei muito, Caio!
ResponderExcluirUm beijo, e felizes dias novos pra você.
obrigado, talita.
Excluirum bom ano pra nós!