Qual a poesia que tem
uma latinha largada na rua?
.......A priori, nenhuma.
.......Pergunto, porém,
qual a poesia da mulher nua?
É pau, é pedra, é uma lata de cerveja
e não há um poeta que esteja
com ela em seus versos.
Quanta ironia:
o poeta está bêbado em sua cama
mas bebedeira é palavra feia
e eles estão ébrios, o são de vinho e amor,
escrevem, deitados no passado,
numa pieguice incabida no hoje.
Clássicos são livros de consulta.
Há os que os façam bíblias.
Se soubessem o que disse Nietzsche,
se ao menos suspeitassem,
se deus não estivesse morto,
se a verdade estivesse nos olhos da mãe,
seria escusado versejar o amor
como não existissem vicissitudes
e a essência jazesse em etéreos sonetos.
uma latinha largada na rua?
.......A priori, nenhuma.
.......Pergunto, porém,
qual a poesia da mulher nua?
É pau, é pedra, é uma lata de cerveja
e não há um poeta que esteja
com ela em seus versos.
Quanta ironia:
o poeta está bêbado em sua cama
mas bebedeira é palavra feia
e eles estão ébrios, o são de vinho e amor,
escrevem, deitados no passado,
numa pieguice incabida no hoje.
Clássicos são livros de consulta.
Há os que os façam bíblias.
Se soubessem o que disse Nietzsche,
se ao menos suspeitassem,
se deus não estivesse morto,
se a verdade estivesse nos olhos da mãe,
seria escusado versejar o amor
como não existissem vicissitudes
e a essência jazesse em etéreos sonetos.
hitler interpretou nietzsche errado, ele pagou caro por isso.
ResponderExcluire bebedeira não é palavra feia. mitos sonetos são graças a ela.
como disse nietzsche, "a verdade minha é mentira pra vc" ou "na doença nos conhecemos".
belo poema e gostei dos jogos de palavras!
abraços!
Uma boa análise do que é ser poeta.Está pegando o espirito da coisa!!!
ResponderExcluiro poeta está bêbado em sua cama
ResponderExcluirestou sem o que dizer, mesmo
Hum, profundo. E misterioso. (tua poesia é mesmo difícil ou eu que sou burra, hein?!)
ResponderExcluirConhece Lacan, Caio?
O que pensa da sua obra?
Bjo.
Fantastico o conceito desse espaço! viva a literatura! abs
ResponderExcluirCaro Caio,
ResponderExcluirobrigada pela consideração em responder.
Agradeço a refutação da minha auto-referente "burrice" e a gentileza da classificação da minha poesia. :D
Longe de mim acusar seus poemas de falta de "coerência interna": desculpe-me se passei essa impressão.
Talvez minha leitura tenha sido (ou esteja sendo) apressada, falhando na atenção que as suas propostas poéticas de reflexão exigem.
Quanto ao meu referencial teórico: diferente do que lhe pareceu, não é lacaniano. Rs.
Não sigo uma abordagem rigidamente definida ou ortodoxa, mas meu olhar passa, sem dúvida, pelo referencial psicanalítico, principalmente o freudiano. Há que se considerar, também, que faço análise nessa abordagem. Rs.
ISSO sim ficou extenso! rs
Um bjo,
e bom "resto" de semana.