segunda-feira, 2 de março de 2009

Gotas

Lavadeiras, Cândido Portinari

feito nuvens de verão
estendidas no varal
descansam roupas brancas
donde pingam
lentamente
a denúncia do árduo labor
de lavar a sujeira, o suor
e a dor.

5 comentários:

  1. Portinari fez coisas belíssimas!
    O trabalho é árduo, mas há algo de muito poético no lavar roupas. Legal o poema!

    Beijos!

    ResponderExcluir
  2. Portinari não rimava, não precisava, ele queria ser feio e escrachado. Gênio!

    ResponderExcluir
  3. Sujeira, suor e dor?
    amargo sabor.
    Bonito poema do desamor.
    Bravo.
    Besos.
    Cariño.

    ResponderExcluir
  4. foda lembrar de quem não é lembrado...
    ducaralho cumpadre. quem dera tivéssemos lavadeira que nos lavassem por dentro...

    hasta la vista

    ResponderExcluir