terça-feira, 13 de outubro de 2009

poema de sete versos

L' Annonciation, Philippe de Champaigne

não há mal que perdure para sempre
disse-me um anjo aflito que veio à minha janela
quisesse talvez me consolar
mas presenteou-me com sua aflição
me outorgou assim sua condição
e daí descobri por que o amor acaba
e os anjos não têm sexo



A Bruno, com uma pequena inspiração drummondiana

7 comentários:

  1. porque até mesmo os anjos mentem!

    minha interpretação

    belo!

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  2. Sempre dedicado. Faz versos como quem cria a perfeição, cônscio e fascinado.

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  3. será que devo deixar essa mania de falar de amor?


    lembrei de um trecho do conto dos anjos...

    'antes que me pergunte, anjos trepam. anjos não tem sexo, mesmo assim fazem. amor de anjo é puro(...)no depois não fumam,balançam os pés, e agitam os braços, e assim fazem aquela brisa que sentimos no começo da manhã, toda brisa que bate nos nossos rostos numa manhã de sol é orgasmo de anjo. Sorria para as brisas'

    depois te conto o resto do conto.

    beijos imensos.

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  4. Carambaaaaaaa!

    Quem pode, pode!

    Obrigado, Rudá.

    Daí, volto à minha reflexão:
    Vale a pena amar, ou não?

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  5. é irônico apenas...principalmente o fnal! espero que tenha entendido. não estou levantando a bandeira a favor do tabagismo, longe disso. usei ele como analogia de que todos têm um amigo sem carne na qual nos sentimos bem. seja uma bebida ou um urso de pelúcia

    obrigado pela visita

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  6. Não há mal nem bem que sempre dure. o desafio é deixá-los existir de verdade, não como algo morno e nublado... mas que, enquanto existir, realmente exista. viva e real. e que siga, quando não mais for

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