quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Reveillon à la Riachon

Não tem nada mais pragmático para mim do que fim de ano. Natal na casa da avó, a certeza da incerteza de não saber onde passar o reveillon, e, no final, o mesmo brindar de champagne chez moi.

Sou obrigado a digerir junto ao que quer que se sirva – o que me lembra a famosa expressão
qu'est ce que c'est e derivados – minha realidade provinciana com toques gauleses. Aliás, dizer toque é um eufemismo, porque na verdade acontece de a atmosfora dos últimos dias de dezembro ganhar ares franceses. Ou respiro ou morro.

A disparidade, mais evidente quando paro para pensar, chega a ser provocativa quando tio Philippe está por perto. Não bastasse ser francês, o sotaque dele, como o de todo patrício seu, permanece o mesmo ainda que com 20 anos de Brasil.

Bonne année pra cá,
bonne année pra lá. Abraços remetem ao liberte, egalité, fraternité. Os brindes e seu mote tradicional soam como salut. Se se bebe enquanto o ano-novo não chega, é com vinho – de onde vêm os melhores? A ceia é um prazer cuja excelência do preparo pertence ao chef cuisinier.
Alors, espero que essa avalanche – que já foi um galicismo – não me soterre e um dia eu esteja à Paris pour le reveillon.

3 comentários:

  1. "a certeza da incerteza
    de não saber onde passar
    o reveillon!"

    Só se troca
    de família
    e de casa! (risos)

    Um 2010
    imensamente feliz, Caio!

    Abraços doces de lira!

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  2. Adorei a saga-rudá de reveillon!
    Dei risada (ops!, podia?! rs) na parte do "abraços remetem ao liberte, egalité, fraternité."

    Uma virada em Paris?
    Não queria mais nada tb...
    Paris é meu sonho de consumo... :/

    Des heureux nouveaux journées pour toi, psi!

    (foi com ajuda, essa... rs)

    Bjo. :)

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  3. É, Paris é uma festa!
    Champgne cid(r)ade LUZ.

    Desculpe as apropriações, seus textos convidam.

    Buon anno!!!!! Allez!
    Marie

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