terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Janelas

Night Windows, Edward Hopper

Todos os dias
da janela de minha casa
janelas escuras
apagadas

Já é tarde
é noite, é madrugada
e hoje janelas claras
acesas
do outro lado da rua

Lá dentro
algo aconteceu
Pessoas preocupadas
deixam suas janelas
iluminadas
Alguns andam
em círculos, em vão
vão de lado a outro
O outro está sentado
indignado
"como pode?"
Pode chorar
é válido
é o que faz alguém
no canto da sala
Agora só resta
aquele que reza
e pede conforto
ou uma luz, que sai
pelas janelas
daquela casa.

3 comentários:

  1. Cara um belo e contundente poema, pois é das dores do mundo que trazemos a mágica da poesia.E vcoê está no caminho certo...

    ResponderExcluir
  2. muito bom poema cara.
    gostei a vera.

    um abraço.

    ResponderExcluir
  3. Gostei muito! Dá pra imaginar bem a cena (e a pintura tem tudo a ver)...
    Bjs

    ResponderExcluir