segunda-feira, 20 de junho de 2011

Sangue Novo – 21 Poetas baianos do século XXI

Capa do livro, Fernando Aguiar

A coletânea Sangue novo – 21 poetas baianos do século XXI, publicada pela Escrituras Editora, de São Paulo, terá lançamento em Salvador, no dia 23 de julho de 2011, das 10 às 14 horas, na livraria LDM Multicampi, na Rua Direita da Piedade. Sangue novo conta com organização do poeta José Inácio Vieira de Melo e com apresentação do escritor Mayrant Gallo. A ilustração da capa é de Fernando Aguiar, artista plástico e poeta português.

Relação dos 21 poetas:

Alexandre Coutinho
André Guerra
Bernardo Almeida
Caio Rudá de Oliveira
Clarissa Macedo
Daniel Farias
Edson Oliveira
Érica Azevedo
Fabrício de Queiroz
Gabriela Lopes
Georgio Rios
Gibran Sousa
Gildeone dos Santos Oliveira
Janara Soares
Lidiane Nunes
Priscila Fernandes
Ricardo Thadeu
Saulo Moreira
Vânia Melo
Vanny Araújo
Vitor Nascimento Sá
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domingo, 12 de junho de 2011

Oh brave new world!

 La Città Nuova, Antonio Sant'Elia

– Porque o nosso mundo não é o mesmo mundo de Otelo. Não se pode fazer um calhambeque sem aço, e não se pode fazer uma tragédia sem instabilidade social. O mundo agora é estável. As pessoas são felizes, têm o que desejam e nunca desejam o que não podem ter. Sentem-se bem, estão em segurança, nunca adoecem; não têm medo da morte; vivem na ditosa ignorância da paixão e da velhice; não se acham sobrecarregadas de pais e mães; não têm esposas, nem filhos, nem amantes, por quem possam sofrer as emoções violentas; são condicionadas de tal modo que praticamente não podem deixar de se portar como devem. E se, por acaso, alguma coisa andar mal, há o soma. Que o senhor atirar pela janela em nome da liberdade, Sr. Selvagem. Da liberdade! – Riu. – Espera que os Deltas saibam o que é a liberdade! E agora quer que eles compreendam Otelo! Meu caro jovem!


Aldous Huxley pertenceu a uma notável família britânica de notáveis das artes à ciência. Seu avô, Thomas Henry Huxley, foi um importante cientista defensor das idéias de Darwin, conhecido como Darwin’s bulldog, facilmente entendível por quê. Seu pai, Leonard Huxley, foi um hiato de brilhantismo na família. Aldous Huxley, então, vem a se tornar um dos maiores escritores do século XX, autor de, além dos seus romances clássicos, poemas, contos e ensaios. Os tais clássicos, Admirável Mundo Novo e A Ilha, dos quais acabo de ler o primeiro. Críticas estilísticas à parte, o livro impressiona pela crítica à sociedade que se moldava à sua época, cujo paroxismo ele vislumbra em 2540 d.C. ou 632 d.F (depois de Ford). A tal época, uma sociedade bizarra, controlada, composta de indivíduos condicionados, no sentido psicológico mesmo do termo, e divididos em castas, felizes em detrimento da sua liberdade.

Huxley, A. Admirável Mundo Novo.
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