quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Poemação III

La Chambre d'Écoute, Magritte

Propuseram-me metáforas várias para o poema:
o poema seria a luz do sol, que chega sem pedir licença
ou uma caixa onde podemos guardar e resgatar sentimentos
ou ainda uma garrafa lançada ao mar, mensageira nossa para alguém;
também seria o poema uma espécie em extinção, eu lá sei por quê
e o poema poderia ser uma janela do último andar de onde tudo se pode ver.

Porém, o poema permanece uma maçã,
servindo ao homem de acordo com a sua vontade.
Aliás, comê-la ou vê-la despencar do pé?



7 comentários:

  1. todo poeta é um pecador e quem o lê comete o mesmo pecado

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  2. poema tão original quanto o pecado... E sempre veremos maças cairem e pecadores pagando penitência por suas pobres almas. E o poeta? Descreve a cena maravilhosamente. Adorei teu blogger!

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  3. Independente da metáfora a maioria prefere dispensá-lo.


    abraço;
    Fabrício

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  4. Querido amigo avassalador... poderia incluir mais umas tantas para tentar conceituar e/ou explicar... mas como outras modalidades de arte... não dá pra ser concreto, é puro sentimento. Ou ama ou não.

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  5. Adorei o post, especialmente a parte em que diz:
    "o poema seria a luz do sol, que chega sem pedir licença
    ou uma caixa onde podemos guardar e resgatar sentimentos"

    Realmente, o poema serve para expressarmos nossos sentimentos mais profundos.
    Parabéns pelo blog.
    Beijos

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  6. Comer, sempre. rs
    Salve!, Eva! (opssssssss!, acho que pequei! rsrsrs).

    Bjo!

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  7. E o poema inda te diz: "decifra-me ou te devoro". A maçã é a maçã é a maçã!
    Devore-a e perca o sossego.
    Muito bom voltar aqui.
    Abraços
    Marie

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